Não percebo o que leva um governo a adoptar este tipo de lei. Ainda menos percebo como é que todos os partidos estiveram relativamente de acordo. Mas será que em Portugal ninguém defende a liberdade? Acham que este tipo de leis inserem-se num quadro de liberdade democrática? A imposição de quotas nas rádios portuguesas para passagem de música portuguesa fará algum sentido? Não houve neste caso nenhum interesse da indústria musical portuguesa para que este tipo de medidas fosse imposta? Não estiveram interesses económicos por trás da aprovação desta medida? Este medida será de alguma forma benéfica para o consumidor final? Para mim não é de certeza, e só fez com que o meu consumo de rádio ainda ficasse mais reduzido do que já era.
A partir daqui não admira que depois se passe para a criação de mais entidades como a ERC, que resultam em situações destas.
Caminhamos para a servidão, e mal nos apercebemos disso.
O que vale é que tenho o meu leitor de MP3 da Creative e hoje em dia a divulgação musical já não está tão dependente da rádio. A internet assumiu outro espaço, e neste, pelo menos por enquanto, ainda gozo de enorme liberdade. No Irão, um país muito mais avançado do que nós, no que diz respeito à defesa dos interesses gerais pelo Estado, mostra o caminho a seguir pelo Estado português: Irão bloqueia acesso ao Youtube.
PS: pela lógica, o próximo passo, será obrigar as televisões portuguesas a transmitirem em cada cinco filmes que emitem, um de produção nacional. Num futuro próximo de si, a não perder...
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