"The smallest minority on earth is the individual. Those who deny individual rights cannot claim to be defenders of minorities." Ayn Rand

quinta-feira, janeiro 25

Duas faces da mesma moeda


Através d'O Insurgente chego a este post do Nuno Ramos de Almeia. Descubro, então, que Nuno Ramos de Almeida irá votar em Álvaro Cunhal no concurso Grandes Portugueses da RTP como o maior português de sempre. Este, diz a certo ponto:

Não é voto útil contra Salazar, é convicção. Estou farto de meias tintas, de gente sem coragem, nem inteligência. [...] Foi prisioneiro de muitos dos sonhos do Século XX, mas nunca deixou de acreditar que era possível vivermos num mundo melhor.

Fico a pensar. Afinal de contas, o que separa Salazar e Cunhal? O Nuno não esclarece certamente. Não era Salazar um homem inteligente e corajoso? Eu não diria que não. Não foi Salazar, também ele, prisioneiro de muitos dos sonhos do Século XX, e não pensaria Salazar que a sua forma de governo levaria Portugal para um caminho melhor? Eu não diria que não.

Então, o que distingue Salazar de Cunhal? Ambas são má moeda, a diferença foi que uma esteve em circulação... desvalorizou... mostrou que era má. A outra, nunca chegou a entrar em circulação... ficou a teoria... permanece o mito.

Curioso será notar, a convicção, com que Nuno Ramos de Almeia parece acreditar que a vitória ou irá para Salazar, ou irá para Cunhal, tal é a forma como coloca a hipótese de uma votação em Cunhal poder vir a ser por simples necessidade, a necessidade do voto útil. Que país o nosso, hein!

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