David Fincher é um dos realizadores que mais aprecio - não fosse do seu génio que filmes como Se7en, Fight Club e The Game sairam. Tal como Michael Bay, David Fincher iniciou a sua carreira na Propaganda Films, uma empresa virada para a produção de videos musicais e comerciais. Mas ao contrário de Bay, os filmes de Fincher vivem da história e de boas performances dos seus actores. Para além disso, ao contrário do espalhafatoso Bay, os filmes de Fincher vivem de ambientes escuros e jogos psicológicos.
A esse respeito, o seu último filme, Zodiac, não destoa. Um filme baseado em factos reais ocorridos na Califórnia, onde um serial killer que se auto-denominava Zodiac atacou durantes os anos 60 e 70. Fincher sente-se confortável no tema, e leva-nos a nós, espectatores, a acompanhar o desenrolar da investigação ao longo dos 158 minutos do filme.
Talvez por ser um filme baseado em factos reais, o filme não atinge a dimensão dos seus outros três filmes que refiro neste post. No fim, fica a sensação de que ficou a faltar qualquer coisa. Mas talvez seja essa mesmo a única verdade da vida - falta sempre qualquer coisa - e não há argumentos perfeitos como, por exemplo, o de Se7en.
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