A politica comunicacional portuguesa dos vários poderes instituidos para com o cidadão é desastrosa. Certamente que se trata de um problema cultural que não surgiu agora - o cidadão vê-se relegado para uma posição de forçosamente ter de acreditar no trabalho dos seus servidores públicos, sem que possa fazer muitas questões, ou fazendo-as, sem que possa obter respostas. Nesse sentido, o mito da melhor policia do mundo aplicado à nossa policia judiciária, é uma forma hábil de contornar o problemas da questões que não lhes podemos fazer - dos melhores não há muito que duvidar, nem muitas questões a levantar.
Mas não é só na relação das forças policiais para com o cidadão que esta falta de politica comunicacional está presente. Naqueles que nos governam ela também está perigosamente presente. Perigosamente porque esta situação comporta para mim dois perigos: o de afastar o cidadão daqueles que o governam e o de evitar um escrutínio mais efectivo dos governantes por parte dos cidadãos. Claro que para o governante tal situação é útil, não ter de prestar contas diariamente permite que o governo não tenha de assumir posição imediata perante assuntos incómodos - e quem diz os governantes, diz os responsáveis da policia judiciária.
Mas tenho cá para mim, que as instituições públicas não tem como utilidade servir quem as lidera, mas sim o cidadão. Talvez um dia, quem sabe, teremos uma James S. Brady Press Briefing Room... por enquanto... no comments...
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