Doping: COI tenta evitar embaraço de entregar título de Marion Jones a Ekaterini Thanou (negritos meus):
Marion Jones devolveu hoje as cinco medalhas que conquistou nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000, depois de na sexta-feira ter confessado que usou um esteróide indetectável antes e depois daquela competição. Mas a devolução dos títulos poderá causar um embaraço ao Comité Olímpico Internacional (COI), pois a medalha de ouro dos 100 metros terá de ser entregue à grega Ekaterini Thanou, uma atleta também conotada com dopagem, eventualidade que o organismo olímpico quer evitar.
A desclassificação de Marion Jones dos 100m de Sydney 2000 dará a Merlene Ottey o terceiro lugar, ou seja, a sua nona medalha olímpica. A jamaicana até teve um teste antidoping positivo (nandrolona) em 1999, mas a federação internacional ilibou-a criticando o laboratório que fez as análises.
O atletismo sempre foi terreno fértil em doping e, incrivelmente, tem superado com muito menos estragos os vários casos sucedidos do que outros desportos, como por exemplo o ciclismo. Saber que Marion Jones, unanimemente considerada uma das melhores atletas femininas de todos os tempos, ganhou as suas cinco medalhas nos jogos olimpicos de Sidney 2000 dopada, é quase como descobrir que Lance Armstrong ganhou as suas sete voltas a França em bicicleta dopado. Mas para mim o problema não se resolve retirando as medalhas a Jones e entregando-as a outra qualquer. A bem da credibilidade, é bom que retirem os titulos a Marion Jones, mas que deixem o pódio desocupado...
|