A propósito deste post fui fazer um pequeno trabalho de investigação. Quando custaria ao contribuinte português a elaboração de um dos filmes do século XXI?
O ICAM revela em pormenor todos os resultados dos concursos a apoios cinematográficos. Assim descobri que, por exemplo, o Juventude em Marcha teve direito a 650 000 euros. Tendo em conta que só 2223 pessoas viram o filme em Portugal, isto resulta num financiamento por espectador de 292 euros (nada mal). Ou, numa perspectiva mais optimista, uma das obras cinematográficas do século XXI custou a cada um de nós miseros 6,5 centimos. Ora eu consigo viver sem 6,5 centimos, não consegue o caro leitor? Conseguirá, certamente.
Já o "jovem" Manoel de Oliveira, em inicio de carreira, e que portanto precisa do apoio do estado, recebeu 648 437 € por Vou para Casa em 2000; 648 437 € por Jóia de Familia em 2001; 648 500 € por Um Filme Falado em 2002; 650 000 € por O Quinto Império em 2003; 650 000 € por Espelho Mágico em 2004; e 650 000 € por Belle Toujours em 2005. Nada mal, entre 2000 e 2005 Manoel de Oliveira não falhou um, 3 900 000 euros só à pala do grande realizador nacional. É bom ser grande em Portugal. 39 centimos foi quanto cada português deu para Manoel de Oliveira continuar a fazer os seus belos filmes. Ora, eu consigo viver sem 39 centimos, não consegue o caro leitor? Conseguirá, certamente. Já o bom do Manoel de Oliveira é que não consegue fazer filmes sem os seus 39 centimos - sejamos solidários.
Na bilheteira, o Quinto dos Impérios teve 8218 espectadores, o Belle Toujours 3845 espectadores, e o Espelho Mágico 2657 espectadores. Tendo em conta o número de espectadores que leva aos cinemas portugueses, parece-me bem que ano após ano o caríssimo Manoel de Oliveira tenha direito ao seu subsidio.
Um breve apanhado aos subsidios do ano 2000 revela um total gasto de 17.056.267€. Nos subsidios de 2005 o valor global é de 7.450.000€. Assumindo que tal diferença não se baseia em falta de informação, em cinco anos conseguiu-se cortar quase 10.000.000€ em subsidios (mais um euro no bolso de cada português). Não me parecia mal que nos próximos cincos anos os restantes 75 centimos de cada português fossem deixados nos seus bolsos. Dêem a reforma ao pobre do Manoel de Oliveira...
O ICAM revela em pormenor todos os resultados dos concursos a apoios cinematográficos. Assim descobri que, por exemplo, o Juventude em Marcha teve direito a 650 000 euros. Tendo em conta que só 2223 pessoas viram o filme em Portugal, isto resulta num financiamento por espectador de 292 euros (nada mal). Ou, numa perspectiva mais optimista, uma das obras cinematográficas do século XXI custou a cada um de nós miseros 6,5 centimos. Ora eu consigo viver sem 6,5 centimos, não consegue o caro leitor? Conseguirá, certamente.
Já o "jovem" Manoel de Oliveira, em inicio de carreira, e que portanto precisa do apoio do estado, recebeu 648 437 € por Vou para Casa em 2000; 648 437 € por Jóia de Familia em 2001; 648 500 € por Um Filme Falado em 2002; 650 000 € por O Quinto Império em 2003; 650 000 € por Espelho Mágico em 2004; e 650 000 € por Belle Toujours em 2005. Nada mal, entre 2000 e 2005 Manoel de Oliveira não falhou um, 3 900 000 euros só à pala do grande realizador nacional. É bom ser grande em Portugal. 39 centimos foi quanto cada português deu para Manoel de Oliveira continuar a fazer os seus belos filmes. Ora, eu consigo viver sem 39 centimos, não consegue o caro leitor? Conseguirá, certamente. Já o bom do Manoel de Oliveira é que não consegue fazer filmes sem os seus 39 centimos - sejamos solidários.
Na bilheteira, o Quinto dos Impérios teve 8218 espectadores, o Belle Toujours 3845 espectadores, e o Espelho Mágico 2657 espectadores. Tendo em conta o número de espectadores que leva aos cinemas portugueses, parece-me bem que ano após ano o caríssimo Manoel de Oliveira tenha direito ao seu subsidio.
Um breve apanhado aos subsidios do ano 2000 revela um total gasto de 17.056.267€. Nos subsidios de 2005 o valor global é de 7.450.000€. Assumindo que tal diferença não se baseia em falta de informação, em cinco anos conseguiu-se cortar quase 10.000.000€ em subsidios (mais um euro no bolso de cada português). Não me parecia mal que nos próximos cincos anos os restantes 75 centimos de cada português fossem deixados nos seus bolsos. Dêem a reforma ao pobre do Manoel de Oliveira...
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