Este foi um ano muito mau no que toca a grandes representações femininas. Entre as nomeadas, a grande favorita é Julie Christie, que tem arrecadado a maior parte dos prémios. Curiosamente, o filme pela qual está nomeada foi inicialmente apresentado no Canadá ainda corria o ano de 2006 e estreou nos Estados Unidos em janeiro de 2007 - é de alguma forma surpreendente que a representação desta tenha conseguido manter força para apresentar-se como a grande favorita nos óscares - e isso é tão revelador da boa performance de Christie, como é revelador do mau ano de representações femininas. Cate Blanchett não me parece que ganhe, aliás, isto está de tal forma mau para o lado feminino, que Blanchett começa a ganhar um estatuto semelhante ao de Merryl Streep - basta espirrar e tem a nomeação garantida (isto não é uma critica a Blanchett, que efectivamente é uma grande actriz, mas é um sinal da falta de grandes actrizes no panorama internacional). A francesa Marion Cottilard tem sido muito apregoada pela critica, mas por factores adversos (entre os quais o facto de ser francesa), não me parece que saia do Kodak Theatre com a estatueta na mão. Laura Linney é uma actriz que eu gosto particularmente, como não vi o filme pela qual está nomeada, não sei se terá sido uma performance diga de um óscar, mas sei que a academia bem gostava de lhe entregar a estatueta - o meu veredicto é que ainda não será desta... Quanto à Ellen Page será na minha opinião a possível grande surpresa da noite - quer porque faz um óptimo trabalho no filme Juno, quer porque tem a vantagem do timing de estreia do seu filme (bem como o buzz que este gerou) frente à grande favorita Julie Christie. Pequenos apontamentos: achei injusta a não nomeação de Keira Knightley, e reparem na internacionalização deste prémio: Blanchet nasceu em Melbourne (Austrália); Christie em Chabua (India); Cottilard em Paris (França); Linney em Nova Iorque (Estados Unidos) e Page em Halifax (Canadá).
Esta categoria parece à partida decidida. Só se algo muito estranho acontecer é que o óscar não irá para Daniel Day-Lewis, que afirma-se como um dos grandes actores da sua geração (já havia ganho um óscar e outras duas nomeações nesta categoria). George Clooney tem também a sua quota parte de apoio para a estatueta e aparece, na minha opinião, com o estatuto de segundo cabeça de série neste prémio - talvez se Clooney não tivesse ganho o óscar de melhor actor secundário em 2006 pela sua representação em Syriana tivesse mais hipóteses para a cerimónia de 24 de Fevereiro. Johnny Depp tem com esta a sua terceira nomeação para melhor actor nos óscares, não venceu nas outras duas, e não vencerá agora. Sinceramente, espero que um dia um dos actores mais criativo que o cinema alguma vez conheceu leve o seu óscar para casa. Tommy Lee Jones está só para preencher lugar (tinham de ser cinco nomeados, sabem...). Viggo Mortensen fez uma grande representação em Eastern Promises e mostrou-se como um actor muito para além do que os filmes anteriores tinham prometido - de certa forma, o simples facto de estar nomeado já é uma grande vitória para Mortensen, e sinceramente, este ano a muito mais não pode aspirar.
Esta categoria parece à partida decidida. Só se algo muito estranho acontecer é que o óscar não irá para Daniel Day-Lewis, que afirma-se como um dos grandes actores da sua geração (já havia ganho um óscar e outras duas nomeações nesta categoria). George Clooney tem também a sua quota parte de apoio para a estatueta e aparece, na minha opinião, com o estatuto de segundo cabeça de série neste prémio - talvez se Clooney não tivesse ganho o óscar de melhor actor secundário em 2006 pela sua representação em Syriana tivesse mais hipóteses para a cerimónia de 24 de Fevereiro. Johnny Depp tem com esta a sua terceira nomeação para melhor actor nos óscares, não venceu nas outras duas, e não vencerá agora. Sinceramente, espero que um dia um dos actores mais criativo que o cinema alguma vez conheceu leve o seu óscar para casa. Tommy Lee Jones está só para preencher lugar (tinham de ser cinco nomeados, sabem...). Viggo Mortensen fez uma grande representação em Eastern Promises e mostrou-se como um actor muito para além do que os filmes anteriores tinham prometido - de certa forma, o simples facto de estar nomeado já é uma grande vitória para Mortensen, e sinceramente, este ano a muito mais não pode aspirar.
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