Através do Henrique Raposo cheguei a este post de Pedro Marta Santos:
Há uns dias - talvez demasiados, mas tenho andado a fazer pesca submarina em busca de ideias decentes - João Pereira Coutinho alertava para o facto de a primeira meia hora de "Expiação", de Joe Wright, ser extraordinária, e depois o filme se afundar como um submarino germânico. Tinha razão. [...] Há mesmo uma das melhores cenas de sexo dos últimos anos [...] Regressando à nossa "Expiação": sendo certo que dois terços do filme são papa virtuosa e emocionalmente opaca, não há hoje nenhum realizador português (alguma vez houve?) capaz de oferecer uma primeira parte tão deleitada e tão justa como os trinta minutos inaugurais desta fita de enganos irrecuperáveis. É por essa régua que nos devemos medir, é essa aspiração que devemos exigir (mesmo aos que são suficientemente cegos, mas insuficientemente borgeseanos, para não reconhecer essa aspiração mesmo que ela lhes caísse em cima vinda do topo de um prédio com dez andares).
Escusado será dizer que o Geração de 60 entra directamente para a minha barra do lado direito, e que - como para concordar com o Henrique Raposo - a melhor cena de sexo dos últimos anos foi mesmo esta:
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