"The smallest minority on earth is the individual. Those who deny individual rights cannot claim to be defenders of minorities." Ayn Rand

quinta-feira, outubro 5

Fórmula 1

Começei a assistir a fórmula 1 por causa de um piloto: Ayrton Senna (ainda não tinha eu 10 anos, vejam só!!!)

Hoje, lembro-me daquele dia fatidico em que Senna perdeu a vida ao comando do Williams, quando tinha Michael Schumacher a persegui-lo. Sei que não estava a ver o Grande Prémio, estava a viajar de carro. Mas lembro-me de ouvir o locutor da rádio anunciar que Senna tinha tido um acidente no Grande Prémio... foi um choque quando descobri a gravidade do acidente.

De Senna também me recordo do seu jeito para a chuva. De um grande prémio no Mónaco em que Prost, com o melhor carro (Williams), ia à frente por larga margem. Mas a chuva começou a cair, e Senna (McLaren na altura), demonstrou porquê que é o melhor piloto de sempre em condições de chuva, e ganhou a prova ultrupassando vários pilotos que estavam à sua frente e deixando Prost a dezenas de segundos de distância. Lembro-me que nesse ano (1993) Prost ganhou o mundial de politos para grande desgosto meu. Prost ficava com 4 titulos na sua carreira e abandonava a Fórmula 1 de vez. Senna só tinha 3 titulos, o que me irritava, porque na altura, e ainda hoje, não percebia, como é que um piloto como Prost conseguira mais titulos que Senna, se bem que a baixa performance do carro McLaren verão 1992 e 1993, e aquela vergonhosa decisão de dar o titulo de 1989 a Prost em desfavor de Senna, ajudassem a explicar tal facto. Mas tudo parecia ir mudar... Senna ia mudar para a Williams (que tinha o melhor carro), e seria imparável... iria corrigir essa vergonha de ter apenas três titulos. Mas na primeira temporada na Williams, um adversário de peso surgia, de seu nome Michael Schumacher... mas então logo numa das primeiras provas do Mundial de 1994 deu-se o acidente.

Não me recordo de Schumacher a festejar no podium, mas tenhos amigos que confirmam-me que sim. Mas lembro-me que já não gostava de Schumacher antes disso. E porquê? Porque pura e simplesmente o meu favorito era o Senna, e o Schumacher era o principal rival de Senna naquele ano. É como me perguntarem porquê que não torço pelo FêCêPê, sendo eu benfiquista desde que me recordo a assistir futebol. É como explicar porquê que não gostava de Martina Hingis, quando a minha tenista favorita era Steffi Graff, o que me levava a ficar diante do ecrâ a ver aquela tenista sem emoção nenhuma Lindsay Davenport, e ter de torcer por ela. É como explicar porquê que não gostava de André Agassi por ser o principal rival de Pete Sampras... ou como detestava Federer por passarem a vida a dizer que ele é o melhor de todos, blá, blá, blá... a tal ponto que evitava ver os jogos em que tal personagem participava.
Isto tudo para dizer o quê?
Que desde 1994 não me divertia tanto a ver fórmula 1. Sim... é verdade que ainda me diverti em 1996 com a vitória de Damon Hill ou em 1997 com a vitória de Jacques Villeneuve, mas era simplesmente porque não curtia Schumacher. Tambêm em 1998 e 1999 com as vitórias de Hakkinen, mas outra vez o maldito motivo. Depois 5 anos com o meu ódio de estimação Schumacher a arrasar, e aquilo não tinha graça nenhuma, só se podia explicar por ter o melhor carro. Em 2005 Schumacher não ganhou, mas foi Fernando Alonso, e este fez o mesmo que Schumacher: arrasou a concorrência, o que não tem graça nenhuma... e eu até não vou muito com o espanhol.
Mas este mundial voltei a acompanhar com a paixão que conseguia ter quando via Senna em criança... e dou por mim a torcer que nem um louco do primeiro ao último segundo para que tudo corra bem ao meu piloto favorito. E que agora, chegado a 2 provas do fim do mundial de 2006, vou torcer para que Schumacher ensina ao espanholito o que é guiar um carro... e é já este fim de semana em Suzuka, Japão, que as coisas vão começar a acontecer.
Como é que passei a gostar de Schumacher? Se calhar da mesma forma que agora adoro ver Federer jogar, torço por Martina Hingis e fiquei triste com a eliminação de Agassi no Open dos EUA. É, sempre gostei de grandes campeões... e nisto dos desportos individuais, é dificil a transição de um idolo para o outro... principalmente quando os primeiros idolos foram os que nos levaram a gostar de um determinado desporto.
Claro que isto do futebol é mais fácil... porque o SLB é eterno. Por isso não contem comigo a apoiar o FêCêPê... vá... talvez num joguinho das competições europeias.

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