Presidente palestiniano declara milícia do Hamas "ilegal"
Hamas anuncia planos de duplicar a sua milícia
Enquanto neste país está em voga a cooperação estratégica, outros há, onde o que reina é mais um antagonismo estratégico.
A chegada do Hamas ao poder, pela via democrática, refira-se, levou a várias opiniões na altura. Houve quem colocasse a coisa numa perspectiva mais problemática para Israel; quem visse a coisa pelo lado positivo de tirar o Hamas da luta armada e puxá-lo para o campo da negociação, das palavras; e houve também quem referisse a dificuldade que seria manter a palestina coesa quando o presidente pertence à Fatah e o governo é do Hamas.
No final de contas, esta última perspectiva é a que estava mais correcta. A eleição de um governo do Hamas resultou num duro golpe para a causa palestiniana. A Palestina é hoje uma sociedade divida entre dois grupos distintos que gladeiam-se entre sí pelo poder. Isto levou necessariamente a que as negociações com Israel afrouxassem, e pior que tudo, que a grande batalha seja travada hoje em dia, não entre os palestinianos e Israel, mas somente entre os palestinianos. Para este sentimento de ingovernabilidade a que se assiste agora, não será alheio o desaparecimento do líder Arafat.
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