Quando comecei a gostar de ténis? Tenho a vaga ideia de ter sido após um torneio de Wimbledon ganho por Pete Sampras, no sector masculino, e por Steffi Graf, no sector feminino. Daí que constultando esta e esta lista, com uma certa incerteza, possa afirmar que foi lá para o ano de 1993, ou 1995, que começei a gostar de ténis.
Ou seja, já vão fazer 14 (ou 12) anos que acompanho regularmente a modalidade. Sempre fui mais de acompanhar, do que de praticar, mas também tive os meus períodos de agarrar numa raquete e ir bater umas bolas... muito puto, certamente... lembro-me que o preço do treinador era mil paus por mês.
Por isso, posso dizer que foi com Sampras, na qualidade de seu fan, que acompanhei a modalidade durante grande parte do período que já levo de gosto pela modalidade. Dirão que o jogo de Sampras era chato, previsível, baseado no serviço, na subida à rede, na espectacular "running forehand", e essa merda assim... eu direi que talvez sim, talvez não. O jogo de Sampras era sobretudo psicológico. Pistol Pete, tinha uma capacidade enorme de servir, mas essa capacidade não advinha só da técnica e da potência do impulso do seu braço. O serviço de Sampras era munido da arma mais forte de todas, da confiança inabalável que Sampras depositava no mesmo. Daí que tantas vezes os seus segundos serviços conseguissem render resultados tão bons, ou melhores, do que os primeiros serviços da maior parte dos jogadores do circuito.
Isso tornava o acompanhar dos jogos de Sampras em jogos extremamente sofridos do ponto de vista psicológico para um seu fan. A incerteza sempre presente sobre a possibilidade de Sampras manter-se ao longo do encontro on the top of his game. Um gajo duvidava, queria que o encontro terminasse o mais cedo possível, ficava ansioso quando a troca de bolas num ponto prolongava-se por demasiado tempo. Sorria quando um serviço saia bem à primeira. Delirava quando saia um ás, e outro, e outro, e os 0-40 do adversário desapareciam num ápice, transformando-se numa inofensiva igualdade. Eram assim os jogos de Sampras... quick and easy. E Sampras também era exímio a aguardar pela quebra do adversário, pelo break point, e sabia aproveitar as hipóteses que tinha como poucos.
Um tipo tinha de aguentar milhares de criticas ao jogo de Sampras, suportar os fans incondicionais do jogo espectáculo de André Agassi. Todos gostavam de Agassi, poucos de Sampras. De Sampras, todos reconheciam-lhe o mérito de ganhar torneios, mas poucos reconheciam-lhe o mérito de praticar um ténis inqualificavelmente superior aos restantes. Era assim...
No final quando ganhou o US Open em 2002 frente ao eterno rival André Agassi, quando todos duvidavam da sua capacidade para voltar ao seu melhor, não imaginam a felicidade que tive. Há coisas que são para ser assim.
Dia de 15 de Janeiro, está de volta o grande espectáculo do ténis com o Australian Open.
Ou seja, já vão fazer 14 (ou 12) anos que acompanho regularmente a modalidade. Sempre fui mais de acompanhar, do que de praticar, mas também tive os meus períodos de agarrar numa raquete e ir bater umas bolas... muito puto, certamente... lembro-me que o preço do treinador era mil paus por mês.
Por isso, posso dizer que foi com Sampras, na qualidade de seu fan, que acompanhei a modalidade durante grande parte do período que já levo de gosto pela modalidade. Dirão que o jogo de Sampras era chato, previsível, baseado no serviço, na subida à rede, na espectacular "running forehand", e essa merda assim... eu direi que talvez sim, talvez não. O jogo de Sampras era sobretudo psicológico. Pistol Pete, tinha uma capacidade enorme de servir, mas essa capacidade não advinha só da técnica e da potência do impulso do seu braço. O serviço de Sampras era munido da arma mais forte de todas, da confiança inabalável que Sampras depositava no mesmo. Daí que tantas vezes os seus segundos serviços conseguissem render resultados tão bons, ou melhores, do que os primeiros serviços da maior parte dos jogadores do circuito.
Isso tornava o acompanhar dos jogos de Sampras em jogos extremamente sofridos do ponto de vista psicológico para um seu fan. A incerteza sempre presente sobre a possibilidade de Sampras manter-se ao longo do encontro on the top of his game. Um gajo duvidava, queria que o encontro terminasse o mais cedo possível, ficava ansioso quando a troca de bolas num ponto prolongava-se por demasiado tempo. Sorria quando um serviço saia bem à primeira. Delirava quando saia um ás, e outro, e outro, e os 0-40 do adversário desapareciam num ápice, transformando-se numa inofensiva igualdade. Eram assim os jogos de Sampras... quick and easy. E Sampras também era exímio a aguardar pela quebra do adversário, pelo break point, e sabia aproveitar as hipóteses que tinha como poucos.
Um tipo tinha de aguentar milhares de criticas ao jogo de Sampras, suportar os fans incondicionais do jogo espectáculo de André Agassi. Todos gostavam de Agassi, poucos de Sampras. De Sampras, todos reconheciam-lhe o mérito de ganhar torneios, mas poucos reconheciam-lhe o mérito de praticar um ténis inqualificavelmente superior aos restantes. Era assim...
No final quando ganhou o US Open em 2002 frente ao eterno rival André Agassi, quando todos duvidavam da sua capacidade para voltar ao seu melhor, não imaginam a felicidade que tive. Há coisas que são para ser assim.
Dia de 15 de Janeiro, está de volta o grande espectáculo do ténis com o Australian Open.
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