"The smallest minority on earth is the individual. Those who deny individual rights cannot claim to be defenders of minorities." Ayn Rand

terça-feira, março 6

Matança do Porco

Na série Um Algarve por Conhecer do Rui Carmo n'O Insurgente. Ainda vai em duas partes, mas o Rui promete continuar. Aqui e aqui.
Apesar de algarvio só por uma vez fui a uma matança do porco, e era muito pequeno. Não gostei. Ou melhor, até gostei, de certa forma. Não gostei foi de ver o porco morrer, mas isso é sintoma de tipo demasiado urbanizado.
O bom da matança do porco é o convivio, é o lembrar de um passado em que o tempo não era passado em centros comerciais, ou em frente a um televisor, ou em frente a um ecrã de computador. Da vez que fui, antes de matarem o porco, ainda foram caçar uns passarinhos, tudo gente grande a fazerem-se passar por caçadores. E os passarinhos são sempre um belo petisco para a tarde. Ao fim e ao cabo, a morte do porco é só um pretexto, um pretexto para a reunião da tarde em frente a uma mesa com carne, caça e vinho a acompanhar. No fim, cada um leva para casa a sua parte do porco, e faz dela o que bem entender - foi na matança do porco que descobri como se faziam os presuntos e os chouriços.
Hoje penso que esta tradição está condenada. O governo impõe a morte do porco em estabelecimento próprio para tal, e já a caça ao passarinho... bem, pelo menos da forma como foi feita na matança do porco de que vos falo... essa acho que já nos tempos em que fui era condenada por lei.
Resta-nos então, os centros comerciais... a televisão... e o computador... ou então nem isso, já que o meu computador está avariado.

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