"The smallest minority on earth is the individual. Those who deny individual rights cannot claim to be defenders of minorities." Ayn Rand

terça-feira, março 27

Relativismo

O mundo não é preto e branco. Não se divide entre bons e maus. No entanto a maior parte das pessoas tem uma facilidade tremenda em falar mal de Hitler ou a criticar Salazar. Já quando o assunto é Ahmadinejad, Chávez ou Fidel Castro, o mundo passa a ser cinzento. De tal forma, que eu (só com 24 aninhos) sou do tempo em que os terroristas eram maus... agora sou do tempo em que o terrorismo tem de ser relativizado. Não é uma questão entre bons e maus, é uma questão entre pontos de vista - sou obrigado a colocar-me na pele do outro e a compreendé-lo - mesmo quando os factos em causa não tem compreensão possível.
No ocidente há quem procure compreender demasiado os outros e justificá-los. Há quem veja solução para tudo no diálogo. Esquecem-se regularmente que para o diálogo funcionar é preciso que o outro lado também esteja disponível para o mesmo. O caso espanhol das negociações com a ETA é um caso exemplar de como o diálogo não funciona sem a vontade das duas partes. O poder repressivo do PP enquanto esteve no poder funcionou naturalmente melhor, perante um grupo de trogloditas que quer tudo menos negociar.
Os terroritas são isto, mas os americanos são aquilo... e o mas justifica tudo. O mas elimina o preto e o branco - elimina a visão do bem e do mal - dá espaço a que escolhamos um lado sem ter que justificar plenamente, nem sequer expressar directamente a escolha que fazemos. Não digo que o mundo seja a preto e branco - nem faz sentido que assim seja - mas entre as várias tonalidades existem umas mais escuras que as outras. Só temos que optar, e dizer claramente de que lado estamos - de preferência, não optando pelas mais sombrias.
Touché.

Add to Technorati Favorites Subscribe with Bloglines Subscribe to RSS Feed