- O mercado de trabalho português é um dos mais estáveis da OCDE. Há uma baixa rotação de trabalhadores, com o número médio de empregos ao longo da vida activa por trabalhador a ser relativamente baixo; e a antiguidade média no posto de trabalho, por oposição, a ser relativamente alta.
- Os custos de despedimento em Portugal são elevadíssimos, portanto o salário máximo que o empregador está disposto a pagar ao trabalhador diminui e o limiar minimo de produtividade para criar um novo posto de trabalho é maior.
- A dinâmica do mercado de trabalho português é fraca (não há os famosos quits que se vêem nos filmes norte-americanos, nem andamos com a casa às costas, sempre disponiveis para irmos atrás dos locais onde há emprego)
- Os elevados custos de despedimento levam a que a quantidade de pessoas despedidas seja menor, mas ao mesmo tempo leva a que a duração média do desemprego aumente - logo o efeito sobre o nível de emprego é incerto.
- Os Estados Unidos é o país com maior flexibilidade de despedimentos. Tendo tido taxas de desemprego semelhantes à portuguesa, apresenta contudo uma duração média do desemprego três vezes inferior à portuguesa.
- Em Portugal a taxa de desemprego reflecte sobretudo o tempo que um individuo demora até encontrar emprego, nos Estados Unidos da América reflecte a constante entrada e saida de pessoas dos seus empregos (o quit para ir atrás de um emprego melhor).
Fonte: Trabalhos do Professor Pedro Portugal - docente da cadeira de Economia do Trabalho da Universidade Nova de Lisboa, entre outras coisas...
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