"The smallest minority on earth is the individual. Those who deny individual rights cannot claim to be defenders of minorities." Ayn Rand

sábado, novembro 10

De Alguns para Todos

No seu último artigo no Público, Vital Moreira defendeu a escola pública como parte de um projecto republicano, laico, igualitário e progressista. Esta defesa da escola pública é um reconhecimento de que ela é um instrumento de combate político e de engenharia social de uma facção política contra as restantes. Apesar de todos os portugueses pagarem impostos, nem todos partilham dos valores que Vital Moreira usa para justificar a escola pública. Nem todos os portugueses querem uma educação republicana, laica, igualitária e progressista para os seus filhos. A sociedade portuguesa é suficientemente plural para nela coexistirem monárquicos e republicanos, crentes e ateus, socialistas e liberais e progressistas e conservadores.

Se o Estado devolver o valor dos impostos sob a forma de um cheque-ensino, os cidadãos recuperam o direito de aceitar ou rejeitar o projecto político que Vital Moreira propõe para a escola pública. Vital Moreira tem razões para temer que esse direito à escolha afaste muitas pessoas das escolas que promovam o ideal progressista. Tem boas razões para temer que esse ideal pode não ter argumentos suficientes para convencer os cidadãos a colocar os filhos nas escolas que o defendam.
João Miranda no DN.

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