Eu gosto de politica quase tanto ou mais do que gosto de futebol. Vibro com umas eleições bem disputadas (como as primárias americanas neste momento) como se de uma Liga dos Campeões se tratasse. Na politica, como no futebol, também a técnica e a táctica de cada executante importa - e a ideologia, embora conte muito, não é o único elemento ponderado, ou então, como explicar o apoio de tanta gente de direita a Obama?
A aparição de Oprah na campanha de Barack Obama em dezembro; o discurso de vitória de Obama; as (quase) lágrimas de Hillary Clinton; a critica forte de Bill Clinton a Obama no último dia antes da eleições em New Hampshire; da inevitabilidade de Hillary à incerteza; da rota imparável de Obama ao regresso de Hillary; do change de Obama ao experience de Hillary em Iowa, que em New Hampshire transformou-se no change, change, change de todos os candidatos; das sondagens falhadas por larga margem; do John McCain que durante o verão parecia não ter hipóteses de ganhar as primárias e agora é visto como um frontrunner (e não se admirem se for Rudolph Giuliani o vencedor final); o ex-pastor batista Mike Huckabee que vindo de parte incerta transforma-se numa possibilidade; do primeiro preto à primeira mulher na casa branca, mas em novembro de 2008 ainda é um republicano que ganha e não há mulher, nem preto, para ninguém...
Agora, digam-me sinceramente, se esta m*rda não é emocionante. É óbvio, e eu cá é que sei, que é. Mas para já, e apesar de gostar muito do penteado de Hillary e dos fatos do Obama, vou-me dedicar a outras coisas emocionantes. É já para a próxima semana que os campos de Melbourne Park vão encher de gente para ver os melhores do mundo num determinado desporto que dá pelo nome de ténis, entre os melhores, estará o melhor de agora e de todo o sempre, e pluribus unum, o verdadeiro man of the moment:
Roger Federer
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