Pedro Arroja tem vindo a recorrer a uma argumentação que sugere que parte das culpas pelo males a que este país é sujeito derivam da formação em Direito de muitos dos seus lideres - nomeadamente aqui e aqui. A classe sentiu-se ofendida. O Ega aqui parece ter sentido tal afirmação como uma ofensa, referindo imediatamente que o autor de tal argumentação era Pedro Arroja, um economista. O caminho estava preparado para a discussão direito vs economia. Agora é o Carlos Abreu Amorim que vem emitir a sua opinião. Quanto ao Ega, avisou que iria comentar tal opinião mais tarde, fico à espera caro Ega, mas se for para fazer recair a análise na vertente economistas versus advogados/juristas, digo que o caminho não é o correcto. O CAA foi por esse caminho, respondeu ao Pedro Arroja criticando os economistas. Ainda por cima, parece que não leu correctamente o post do Pedro Arroja, pois a certa altura diz (em letra miudinha, vá-se lá saber porquê):
Eu diria mais, era bom que, apenas a titulo de alguma réstea de coerência intelectual, que o dr. Carlos Amorim lesse os posts do Pedro Arroja antes de comentá-los, é que neste seu post Pedro Arroja afirma:
já agora, seria bom que o adorador de Oliveira Salazar, várias vezes assim confessado, o dr. Pedro Arroja, se recordasse que este era jurista e professor de direito -apenas a título de alguma réstea de coerência intelectual
Eu diria mais, era bom que, apenas a titulo de alguma réstea de coerência intelectual, que o dr. Carlos Amorim lesse os posts do Pedro Arroja antes de comentá-los, é que neste seu post Pedro Arroja afirma:
Não comentando especificamente o que diz Pedro Arroja, é minha convicção que os homens do direito foram em grande parte responsáveis pelo atraso económico do pais. Nos tempos mais próximos basta atentar à nossa Constituição, que constitui um dos principais entraves à evolução do pais. Mas o problema não está só na nossa Constituição, estás nas nossas instituições e nas leis que as regulam. Recomendo vivamente: Law and Finance: Why does Legal Origin Matters.Assim, por exemplo, durante o século XX, aquilo que uniu os ditadores quegovernaram Portugal, ou ambicionaram governá-lo - como Salazar, Marcello Caetano, Álvaro Cunhal, ou mesmo Afonso Costa - não foi o seu catolicismo, mas o facto de serem todos formados em Direito.
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